Não mais o dia
E não mais reprisar
O sol nas manhãs de serão
Não mais o chão
E não mais reatar
Os laços do calçado com o pé no chão
Não mais o ar
E não mais respirar ameno o mesmo ar da terra
Não mais os pratos
E nem mesmo os copos
Não mais comer o que nunca alimenta esta fome infinita
E não mais os dias
E nem acompanhar os dias por entre os dias
As fugas por entre as fugas
As ruas por entre as ruas
E não mais a sina
Somente a paixão
Somente a paixão
Somente a paixão.
poeta, é aí, nesse não mais, que seu por poema conectou rizomaticamente uma perspectiva niilista, "não mais", em relação à geleia geral de nossas cotas de anos, nosso cotidiano, ele mesmo niilista, porque não se inscreve como transformação, vitalidade, mas como aceitação, passividade... enfim, seu poema articulou a impotência do niilismo, denunciando pela potência utópica, de uma utopia do agora, da paixão.
ResponderExcluirsaudações poética,
de la mancha