A Késia Tavares
A curvatura frontispicial
Do meu corpo,
Aqui e Agora, num
Encaixe instantâneo com
A curvatura traseira de
Teus modos.
A substância incorpórea
Do medo me empresta a nós
Na matéria instável do desejo.
Somos em riste a mola
Do acontecimento, a mola
Que sustenta e elabora
Os desígnios do encaixe.
A física dos dedos
Na leveza do impróprio:
Política dos corpos.
Agora a dobradura das pernas:
Dobras na dor são redobras
No prazer de cair-se inerte.
A inclinadura dos âmbitos:
Instamo-nos dispostos ao vento,
Que momentâneo, é puro gozo.
E uma força elástica tange-nos
Ao fundo da pele, e revira-nos
O fundo cavernoso do dentro,
Onde o improvável dos sonhos
É mechido e remechido até que
Tornado irremediavelmente incerto.
E de repente temos a vida
Toda em larvas como que
Grossas e clara como que
Branca, no dentro e no fora.
E morreria teu corpo se
Não se dispusesse ao meu.
E morreríamos dispersos no
Andar de cima: que Abaixo de
Deus. Mas morremos ainda se
Grudados e drapeados um na
Largadura do outro e incertos
De tão vertiginosos e mortos
De tão vivos, como que imersos
No infinito afável do todo.
MORRI MIL VEZES LENDO ESSE POST. É INCRIVEL! TE AMO.
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